Em pesquisa no Google aparece o nome do futuro secretário Nobuo Aoki Xiol

Poá, SP – O governo Saulo Souza, prestes a assumir o comando de Poá, já começa a esquentar antes mesmo da posse oficial. Entre as indicações que chamam atenção – e dividem opiniões – está a de Nobuo Aoki Xiol, PM aposentado, para a Secretaria de Mobilidade Urbana. Ligado ao PL de Valdemar Costa Neto, Xiol já chega com uma “chancela negativa” e um histórico que pode dificultar o início da nova gestão.

Fontes próximas à equipe de transição indicam que o nome de Xiol foi uma indicação direta do PL, mas a recepção está longe de ser positiva. Entre os vereadores, a aprovação de seu nome enfrenta resistência, com vários parlamentares sinalizando reprovação. A situação também não é diferente entre os servidores de carreira da pasta. Um deles, que preferiu não se identificar, declarou: “Na transição de governo, já deu para notar o seu ar de arrogância e prepotência.”

Além disso, o histórico do indicado não ajuda a criar um clima de confiança. A família Xiol já ocupou cargos em governos passados, Nobuo foi alvo do escândalo de radares em Mogi das Cruzes, inclive com condenação como mostra reportagem do G1 -na gestão Gian Lopes foi convidado a pedir exoneração, já o filho Afonso Xiol quanto na administração da atual prefeita Márcia Bin, houve rumores  que aponta que sua saída não foi pacífica, pois também passou por turbulências ao ocupar a Secretaria de Turismo no governo Bin, saindo da pasta de maneira polêmica e “resmungando”, segundo fontes internas.

Histórico de Condenação Pesa Sobre o Futuro Secretário
Como se não bastassem as tensões políticas, Nobuo carrega ainda o peso de condenações judiciais. O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Xiol a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto por irregularidades em contratos emergenciais para radares na Prefeitura de Mogi das Cruzes, onde atuou como secretário de Transportes. O caso, que ainda cabe recurso, aponta para contratos firmados sem licitação entre 2006 e 2008, durante o governo de Junji Abe.

Na época, Xiol alegou emergência para justificar as contratações, mas o Tribunal de Contas do Estado considerou que a situação não configurava emergência suficiente para dispensar o processo licitatório. A defesa do ex-secretário argumenta que ele agiu com base em parecer jurídico e visando à segurança no trânsito, destacando a redução de acidentes como resultado.

Apesar disso, o histórico jurídico de Xiol não passou despercebido pelos servidores e vereadores de Poá, que questionam: até quando Saulo Souza conseguirá sustentar essa indicação sem causar danos irreparáveis à credibilidade do novo governo?

Já que Xiol será um novo servidor público na cidade de Poá, fica aqui nesta mídia o espaço aberto para ele se declarar e dar explicações para a sociedade poaense.

Foto: Print de busca do Google e arquivo de foto da prefeitura de Mogi das Cruzes

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