TRAGÉDIA EM POÁ PODERÁ TER NOVOS RUMOS - POÁ COM ACENTO
Aéssio Ramos Pinto
Segundo fontes, na casa em que ocorreu o incêndio vivia um casal gay Léu Vieira e Ricardo Reis. Eram ativistas e já saíram em vários canais de TVs e revistas falando de suas vidas.
Quando se casaram buscaram a adoção de uma primeira criança, uma menina que já estava com 14 anos; posterior veio um menino. Trabalhavam com Buffet e tinham uma vida aparentemente tranquila.
Depois foram viajar porque queriam um casamento com Lua de Mel na França e acharam que valia a pena viver lá.
Quando voltaram adotaram a terceira criança, um bebê e já tinha em mente largar tudo que tinha aqui e ter uma nova vida fora do Brasil. Começaram a desfazer de seus pertences para irem embora. Quando já estava tudo pronto para mudar entrou a pandemia e a França não podia receber ninguém porque estava fechada a fronteira.
Neste período foram morar no bairro de Calmon Viana – Poá, na casa do pai de Ricardo, Rua Padre Eustáquio. Ali começou a ter problemas entre eles, mas era convivência pessoal com relação ao pai e outras interferências com brigas.
O Léu chegou a relatar nas Redes Sociais de que iriam alugar uma casa e fazer de tudo para viver uma nova vida neste período de transição para a mudança. “Estamos vivendo em um cômodo na casa do pai de Ricardo e iremos ter um pouquinho mais de liberdade em outra casa, embora praticamente já vendemos tudo e não temos quase nada. Só as coisas que já estão encaixotadas que iremos levar para a França”, fala o Léu que relatou ainda que estava quebrando um galho trabalhando de UBER e Ricardo trabalhando com a vereadora Jilmara Kirino.
Não se sabe onde a casa que estavam morando até o dia da tragédia estava mobiliada porque segundo Léu, tudo indicava que a ideia era transitória porque o objetivo verdadeiro era ter uma nova vida fora do Brasil. Só que a pandemia não permitiu e ficou mais longe porque tinham que vacinar e passar este período.
No momento do incêndio quem estava na casa com as crianças era Ricardo e Léu por algum motivo não dormiu nessa noite em que tudo aconteceu. O comentário pela cidade é que possa haver um crime passional e o caso será apurado pela Delegacia de Itaquaquecetuba.
A fonte informa ainda que o casal já se encontrava em desentendimento e deixavam claro nas Redes Sociais, tanto é que Ricardo chegou a postar no Face book a separação e depois apagou.
As ilações até o presente momento é que pode ter havido algum desentendimento entre eles e o caso ter tomado novos rumos para culminar na tragédia que aconteceu nesta madrugada de quarta-feira, dia 17 em Poá. Vamos aguardar.
Foto: Aéssio Ramos Pinto / Reprodução Redes Sociais
Aéssio Ramos Pinto, jornalista, diretor do jornal Novo São Paulo e Rádio Estância, bacharel em direito, ciências e letras, fotógrafo profissional, conselheiro do Contur e Etec, já foi secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Governo, assessor parlamentar e candidato à vice-prefeito.