A VALORIZAÇÃO DO BOM PROFISSIONAL DA POLÍCIA COMEÇA PELA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, POR BENEDITO PEREIRA - POÁ COM ACENTO
Tema: “A valorização do bom profissional de polícia começa pela sociedade civil organizada – dar mais visibilidade às boas práticas, através da mídias sociais e de veículos de comunicação pode ser o primeiro passo.”
Durante algumas semanas a Rede Globo de Televisão difundiu, reiteradamente, cenas de violência perpetrada por alguns maus policiais militares flagrados em desvios de conduta, sobretudo, por não cumprimento do protocolo corporativo de abordagem e busca pessoal em pessoa em atitude suspeita, ou seja, pelo descumprimento dos procedimentos operacionais padrão (POP) no caso em comento. Não obstante, mais grave que o desvio de conduta, é a prática de crime covarde e do ilícito também na esfera cível.
O que salta aos olhos na veiculação das cenas de violência dos malfadados agentes da Força de Segurança Castrense pela referida emissora televisiva é que a maioria das ações heróicas e de resultados exitosos da Polícia Militar Paulista não são sequer veiculadas.
Para uma emissora que se destaca pela tradição de um jornalismo sério e de credibilidade, deveria dar o mesmo destaque às ocorrências heróicas em que se revela o profissionalismo, o preparo acadêmico, a preservação das vidas, aplicação estrita do ordenamento jurídico, o resultado aceitável, a disciplina o trabalho em equipe nas ações de prevenção dos ilícitos penais, resolução pacífica dos conflitos, na redução de danos e nas práticas altruísticas de solidariedade.
As imagens dos policiais militares da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que pertencem só 35º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, entregando cestas básicas as famílias carentes e moradores em situação de vulnerabilidade social, são comoventes e que revelam o lado humanitário da força de trabalho castrense. Uma criança abraça a perna de um desses heróis em verdadeiro sinal de agradecimento pelos gestos nobres desses gigantes da Corporação.
Cenas como estas mostram que a maioria dos policiais militares buscam a excelência na prestação de seus serviços a sociedade, enobrece o nome da Corporação e a classe ou categoria.
Assim como não são valorizados pelo governo do Estado, sobretudo, no que se refere ao soldo ou salário, também, não o são por uma pequena parcela da sociedade, nem tampouco por alguns veículos de comunicação.
É cedico que a instituição PMESP tem uma estrutura e sistema de gestão dos mais modernos e que busca a excelência no que se refere a qualidade e produtividade, traduzidas pela eficiência, eficácia e efetividade na sua prestação de serviços a população. Nesse modelo de gestão, busca-se a melhoria e o aperfeiçoamento contínuo, a erradicação das não conformidades ou erros profissionais, investindo-se, mormente, na formação acadêmica, instrução continuada, na melhoria do EPI (equipamento de proteção individual) na pesquisa, tecnologia e inovação, no aperfeiçoamento dos protocolos (POP e PAP).
As não conformidades, são frutos da inobservância dos protocolos, do estresse e da postura dolosa daqueles que praticam desvios de conduta. Esses sofrem as rígidas sanções nas esferas administrativa, penal e civil, através do processo de depuração, sobretudo, para servir de exemplo de que não há corporativismo, leniência ou complacência com desvios de conduta.
Para finalizar, a instituição PMESP e seus profissionais de segurança pública merecem respeito, pois, a maioria cumpre com maestria a missão institucional, estando comprometidos com a preservação da vida, da incolumidade física e da dignidade da pessoa humana.
Benedito Pereira, coronel da reserva da PMESP, bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, com mestrado “lato sensu” , bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito), pós-graduado em Gestão de Preventiva da Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos, pela Fundação e Escola de Sociologia e Política (FESP). Fez a 63° Instrução de Nivelamento de Conhecimento na Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no Distrito Federal, Treinamentos de Tático Operacional na Operação da FNSP no RJ, Treinamento Tático Operacional no COE – BOPE da PMERJ. Foi Comandante de Destacamento e Companhias de Unidades do 17° e 32° BPM/M da PMESP, região do Alto Tietê e de Unidades do 28° e 8° BPM/M e CPA/M-11 da PMESP, Zona Leste de São Paulo(SP). É auditor sênior de qualidade e produtividade. Foi Secretário de Segurança Urbana em Poá. Foi comandante de operações da Força Nacional de Segurança Pública nos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Foto: Diego Juan/Arquivo Pessoal / Rede TV Notícias
Texto lindo e sábio.Que seu texto percorra essa mídia oportunista e difamatória. Vergonha desse mundo em que estamos vivendo .
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