TERMINA GREVE DE MOTORISTAS E COBRADORES NA CAPITAL PAULISTA - POÁ COM ACENTO
Camila Boehm
Após reunião com a prefeitura, motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo encerraram, por volta das 16h de hoje (6), a greve que tinham iniciado na madrugada desta sexta-feira. Segundo a São Paulo Transporte S/A (SPTrans), no momento, todos os terminais estão em operação e as linhas circulam por toda a cidade.
Além do acordo para o fim da paralisação, o prefeito Bruno Covas anunciou a assinatura dos 32 novos contratos de licitação para o sistema de transporte na cidade. O rodízio municipal de veículos ficou suspenso no dia de hoje.
A SPTrans informou que, às 15h, o sistema municipal de transporte público coletivo operava com 70% da frota de veículos para a faixa horária. No início da tarde, 22 linhas não circulavam. Três linhas de trólebus faziam desvios e uma estava paralisada por causa de manifestação na região central.
No fim da tarde de ontem (5), a categoria decidiu, em assembleia, entrar em greve nesta madrugada. Em decisão judicial, a prefeitura conseguiu uma liminar determinando o funcionamento de pelo menos 70% do serviço.
De acordo com a SPTrans, sindicalistas bloquearam a entrada e a saída do Terminal Parque Dom Pedro às 8h20. Os demais 29 terminais municipais estavam em operação.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de participação nos lucros (PLR) e resultados e garantia de postos de trabalho. Segundo com José Carlos Negrão, da Secretaria da Igualdade Racial do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus da cidade de São Paulo, desde maio, pelo menos 450 ônibus foram retirados de circulação na cidade.
O prefeito Bruno Covas informou que vai antecipar o repasse destinado às empresas de ônibus para que estas possam pagar a PLR aos funcionários na próxima quarta-feira (11). “Vai ser antecipado um valor em torno de R$ 40 milhões para as empresas concessionárias que depois vai ser abatido da receita a que elas têm direito”, acrescentou.
Sobre a redução da frota e o corte do quadro de funcionários, como os cobradores, Covas disse que tais questões ainda serão discutidas.