Aéssio Ramos Pinto

Quase sai briga ontem, 26, na entrada para o Camarim do cantor sertanejo Eduardo Costa antes do show programado para as 22 horas. Para tanto, é sabido que todo artista vem com seus seguranças “Leão de chácara” e não estão nem aí para os organizadores da festa. Até o prefeito Giancarlo foi barrado na hora de entrar para cumprimentar o cantor. Foi aí que começou um bate-boca entre seguranças.

O ficou previamente acertado pela coordenação do artista é que seriam disponibilizadas 30 fitinhas Vips para distribuir para as pessoas tirarem fotos com Eduardo Costa. Acontece que elas ficaram a cargo do funcionário Júnior que distribuiu para uma galera que não era conhecida do meio ligado aos interesses da Prefeitura, ou seja, ficaram de fora amigos dos responsáveis pelo show; amigos e familiares do prefeito; protegidos de seguranças e, principalmente, vários repórteres que registravam o acontecimento. Neste sentido, os seguranças do cantor entendem como imprensa somente os fotógrafos que estão com suas máquinas a tiracolo, mesmo assim somente quem eles deixam entrar. É uma tietagem tão boba que depois passa. No começo da carreira os artistas faltam ajoelhar para conseguir espaços com a imprensa e também com os fãs, depois a fama sobe na cabeça.

No caso do cantor Eduardo Costa, ele veio cantar por uma boa quantia de dinheiro e não custava nada atender a todos com muita humildade. Até que aconteceu por sua parte. Agora, os puxas-sacos que são demais. Todos querem mandar como se fossem os donos das cocadas pretas.

Passada esta parte que sempre acontece antes de qualquer show, o cantor Eduardo Costa foi para o palco cantar suas músicas para o delírio da galera que estava ansiosa para ver seu show. Uma coisa que pegou muito mal também segundo algumas pessoas que acompanhavam a festa foi a forçação do cantor com seu palavreado de quinta, desrespeitar muitos que estavam ali somente para apreciar suas músicas. Para eles, este tipo de linguagem cabe somente nas casas deles com seus mais chegados e não ficar dando exemplo de mau comportamento perante o público que nem sempre todos querem escutar este tipo de papo furado e de besteiras que mostram a falta de conhecimento e informação de pessoas despreparadas para serem agradáveis, mesmo àqueles que têm dinheiro e pensam que pode tudo.

No resto, apesar das muitas brigas e excessos de público, entre outras ocorrências, a festa teve seu ponto alto com este show que poderia ser bem melhor apesar de tudo. Parabéns Poá pelos 70 anos de independência político-administrativa.

Aéssio Ramos Pinto, jornalista, diretor do jornal Novo São Paulo e Rádio Estância, bacharel em direito, ciências e letras, fotógrafo profissional, conselheiro do Contur e Etec, já foi secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Governo, assessor parlamentar e candidato à vice-prefeito

Fotos: Adilson Santos