Hoje a coluna Pitaco & Pimenta faz uma análise da rejeição de Claudia de Deus

Poá, cidade marcada por suas figuras públicas e pelos movimentos no tabuleiro político desta nova safra e geração, ganhou nos últimos anos um nome que não passa despercebido: Cláudia Cristina de Deus. Fisioterapeuta concursada e ex-secretária de saúde, Cláudia se candidatou ao cargo de vereadora no último pleito. Sua trajetória reflete, de maneira clara, o nosso cenário político: versátil para uns e controversa para outros.

Cláudia, que já passou pela “Turma do Testinha”, uniu forças com Márcia Bin e, agora, alinha-se ao prefeito Saulo Souza. Essa jornada é marcada por constantes migrações de alianças. Enquanto a flexibilidade política pode ser vista como estratégia em alguns casos, em outros acaba sendo percebida como “pular de galho em galho”, peso este que tem soado com negatividade ao governo Saulo, juntamente com outros personagens que tem sido cobrado em grupos de redes sociais. Essa imagem se cristaliza no imaginário popular, especialmente quando as mudanças de posição não são acompanhadas por ações consistentes ou resultados concretos.

Seu histórico como secretária de saúde também suscita reflexões. Considerada por muitos funcionários públicos como uma das piores a ocupar o cargo, enfrentou dificuldades em construir relações positivas com médicos, enfermeiros, atendentes e a maioria dos servidores da pasta. Essa falta de sintonia com os profissionais de saúde — uma área essencial para o bem-estar da população — deixou marcas significativas. Não são raros os relatos de má gestão ou de um ambiente de trabalho pouco harmonioso durante sua gestão.

Atualmente, lotada no gabinete do prefeito (como mostra uma foto em sua rede social ao lado do padre Reginaldo), Cláudia parece estar à margem das decisões mais relevantes. Segundo os bastidores da política, nenhuma secretaria quis recebê-la, o que é um claro sinal de que seu nome não ressoa bem nem mesmo dentro do próprio governo. Recentemente, publicou uma foto com artesãs locais, talvez numa tentativa de demonstrar envolvimento comunitário. No entanto, o gesto não foi suficiente para mudar a percepção de muitos, que a enxergam como uma figura sem conexão genuína com os problemas reais da cidade e sem um papel significativo na dinâmica política do prefeito Saulo. Este, por compromisso político, parece ter de acomodá-la em sua equipe.

A política de Poá sempre foi um palco de disputas intensas e de personalidades marcantes. Cláudia é um exemplo de como o peso de uma trajetória pode se tornar um fardo quando falta um legado concreto a ser lembrado. Em vez de construir pontes, parece ter se especializado em atravessá-las rapidamente, sem olhar para trás.

Resta saber se o tempo trará a Cláudia uma oportunidade de redenção ou se seu nome será lembrado apenas como mais uma figura que, de galho em galho, nunca criou raízes sólidas. O futuro dirá.

Fotos: Redes Sociais

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