Dizem que cada era tem os bossais que merece. E, convenhamos, nossa política local nunca decepcionou. Desde os tempos de Roberto Marques — ah, saudosos dias! — temos assistido a um desfile de bossalidades que faria qualquer roteirista de comédia barata (de teatro destruído por dono de buffet e cantor de samba -sem contar do ex com crise deprecisa)desistir por falta de criatividade. Começou com um ex-secretário exonerado ao vivo em rede de rádio por um saudoso estúpido que se dizia amigo do engenheiro da marinha, em plena Copa do Mundo da Alemanha, o porta voz em nome da engenharia exonerou o homem da Cultura, Esportes e Turismo -Leia-se ex-comunicação do governo da época. Era drama, comédia e tragédia, tudo no mesmo pacote.

Depois, veio o “Marcus Borra-Bota” (claro, apelido de cunho artístico), que comandava com a desenvoltura de quem parecia mais preocupado em não manchar os sapatos do que em governar. Mas, como já diziam os sábios, “por trás de todo grande bossal, há sempre um cérebro disfarçado.” Nesse caso, o mentor intelectual não era ninguém menos que o “Marido da Fiona” (fumador) — ainda sem a coroa oficial, mas com todo o potencial de um futuro Shrek institucional.

Avançando no tempo, tivemos o entusiasta de vinhos e charutos. Elegante, até sofisticado, mas governava com a delicadeza de um rolo compressor e fazia até pose de intelectual, mas deixou a fala de caloteiro, e pasmem, andou agora em 2024 com o ex-vereador mancada, um outro novo caloteiro e enganador. Sim, o ex-vereador (novo personagem atual disputante do legislativo) da época que virou secretário de passeio, depois até de obras pra fazer e, pasmem, mandava mais que o prefeito banana que se revirando a política agora é vereador. Foi um verdadeiro recital de “quem manda aqui sou eu”, ao som de tintins regados a Merlot do homem dos charutos e vinhos, e chegando ao da bica do seu bairro.

Por fim, o apogeu: o Bossal de Fato. Ah, que tempos gloriosos! A cidade nunca viu tamanha entrega ao teatro da mediocridade. Se havia dúvidas sobre o título, ele tratou de dissipá-las. Afinal, quando o chefe é cassado e o show continua, você sabe que está assistindo à obra-prima da política local que consolidou na gestão do cassado, e nem foi tin tin, mas bin bin.

E agora, 2025 bate à porta. O que nos aguarda? Será que ainda estamos na “gestação” de um novo Bossal, ou já temos o sucessor no forno, pronto para ser servido à plateia? Nos bastidores, os rumores fervilham. Alguns dizem que a nova estrela será tão bossal quanto os predecessores, outros acham que ele trará uma roupagem mais moderna à velha tradição da incompetência teatral.

Enquanto isto, um pequeno ser, segurador de dois celulares do novo grande e novo alcaide, já sentir na pele a promessa do grande traíra, mas só resta chorar na cama sozinho.

Mas quem somos nós para julgar? Afinal, a história local mostra que o título de Bossal não é concedido de imediato. É preciso conquistá-lo com talento, perseverança e, claro, muita falta de noção, e não é mera fantasia.

Então, que venha o próximo capítulo desta saga memorável. E, por favor, não nos decepcione: a plateia está sedenta por espetáculo!

Afinal, quem se comunica de forma tranbiqueira sendo porta voz de um grande tranbiqueiro, tranbicagens terás…

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