Candidato do Podemos atraiu uma multidão ao XI Paulista e oficializou o início de sua jornada rumo à Prefeitura - POÁ COM ACENTO
Por Sérgio Rodrigues
O salão social do XI Paulista ficou completamente lotado, com muitas pessoas até mesmo do lado de fora devido à grande presença no dia
O ex-presidente da Câmara Municipal, Diogo Pernoca (PODEMOS), lançou oficialmente a sua pré-candidatura a prefeito de Poá. O anúncio já era esperado, uma vez que o seu nome já vinha sendo grandemente ventilado na cidade como um dos “prefeituráveis”, jargão político utilizados por veículos de imprensa para indicar os candidatos que realmente cotados para ganhar a eleição, em 6 de outubro.
Em um evento com grande presença de público – pois o espaço do clube XI Paulista, na área central do município, ficou abarrotado de políticos, apoiadores e amigos – o que indica que o vereador entrou com força e prestígio público na disputa à sucessão da prefeita Márcia Bin (Uniãoo Brasil).
Pernoca desponta como uma das forças jovens da política poaense – aliás, anote-se, este será o condão da disputa eleitoral na cidade, em 2024. Tudo indica que haverá uma renovação no comando da prefeitura, uma vez que a gestora atual colhe uma rejeição recorde e não há sequer um candidato da “velha guarda” na disputa – ao menos por ora.
Na avaliação de analistas políticos, Márcia Bin realiza uma gestão desastrosa nos últimos três anos e meio, o que transformou a corrida eleitoral em um “mercado aberto”, com múltiplas possibilidades.
E esta foi uma das referências feitas no principal discurso do pré-candidato, quando disse “a gente precisa de um prefeito que saiba realmente administrar a cidade. Quero cuidar das pessoas que mais precisam, simples assim”.
“Abençoado” pelas duas maiores personalidades do PODEMOS-SP – a presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu e o presidente estadual e líder regional Rodrigo Gambale também deputado federal (PODE-SP). Ambos são duas “máquinas eleitorais” e, parece, com “toque de Midas”, o mítico rei da mitologia grega em que tudo que tocava virava ouro.
Abreu e Gambale levaram p PODEMOS estadual a um crescimento estupendo no estado, com destaque para o Alto Tietê, em que hoje domina três prefeituras (Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes e Santa Isabel) e governa uma população de 703 mil pessoas. A intenção de Pernoca é acrescentar Poá ao portfólio do partido.
“Tenho certeza de que, se derem oportunidade a este homem, vocês irão se orgulhar; porque ele tem um time. A responsabilidade, de elegê-lo será de vocês”, discursou a presidente nacional.
Já Gambale foi na linha do candidato. “A gente faz campanha do jeito que a política tem que ser; voltada para aqueles que mais precisam. Pernoca sabe o que é passar por dificuldade e fará um governo da família para a família; de coração para coração; de sonho por sonho”, afirmou.
O evento contou com outras presenças importantes, como a do prefeito de Santa Isabel Carlos Chinchila (PODEMOS), que é o favorito para a sua própria reeleição na cidade. Recebeu também o apoio do ex-prefeito Gian Lopes (ex-PL) e de vereadores como Edinho do Kemel, Edevaldo Gonçalves, os vereadores ferrazenses Kaká e Osni Pasquarelli.
Elogios ou aplausos à parte, a vitória dependerá principalmente dele. A reportagem ouviu de vários personagens uma frase comum: “o Pernoca é bom de rua”. Ele terá até 6 de outubro para confirmar as expectativas.
À frente como primeiro a lançar a pré-candidatura, Pernoca já demonstra um crescimento constante nas pesquisas, com tendência e perspectiva de seguir subindo
“Fui presidente da Câmara no período mais agudo da Pandemia, onde a Prefeitura enfrentou sérias dificuldades orçamentárias. Nós, na Câmara, demos nossa contribuição, cortando várias despesas, inclusive, dispensando todos os veículos que serviam aos gabinetes dos vereadores; diminuindo o número de assessores por vereador. Mas, o que tudo isto adiantou? A gestão municipal ainda se mantém engessada”
A disputa eleitoral em Poá, onde se disputa a sucessão da prefeita Márcia Bin (e ela própria irá concorrer à reeleição) ainda é um ‘campo aberto’, com indefinição sobre quem chegará na ribalta em outubro. Até esta altura não se divulgou na cidade nenhuma pesquisa oficial. No entanto, vários levantamentos preliminares estão sendo encomendados por grupos de interesse. No mais recente, Diogo Pernoca pontua em segundo lugar, com oito pontos abaixo do primeiro colocado e cinco pontos acima da pré-candidata do PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e que tem forte presença na região do Alto Tietê.
Para o jovem candidato do PODEMOS, é um resultado alvissareiro, uma vez que mostra o encurtamento da distância entre ele e o ponteiro Saulo Souza (Progressistas), diferença que já esteve em 21 pontos. E ele está à frente de Flávia Verdugo, que conta com a “máquina” do PL regional.
Máquina por máquina, Pernoca conta com o apoio de dois ‘craques’ em matéria de eleição, a deputada Renata Abreu, que levou o PODEMOS de um partido nanico a uma das mais importantes agremiações políticas do país – inclusive, compondo a base de apoio do presidente Lula (PT). E o deputado Rodrigo Gambale, que ganhou tudo o que disputou até o momento. Elegeu-se deputado estadual em 2018. Em 2020, fez a irmã, Priscila, prefeita de Ferraz. E em 2022, chegou à Câmara dos Deputados.
É com este time que Pernoca entrou na disputa em Poá. Gente antiga da política poaense se recente das grandes figuras que governaram o município no passado recente. Contudo, no jogo jogado da política, o povo da cidade a entregou a Márcia Bin que, além de prescindir de experiência gerencial encontrou a administração municipal em frangalhos. Deu no que está dando.
As pessoas acreditaram no retrospecto do ex-prefeito Testinha, então o avalista de sua mulher na campanha, sem levar em conta que, afinal, a governo seria dela e não dele.
Do outro lado da cidade, Pernoca geria o Parlamento municipal e fez sacrifícios para ajudar no que podia. Ainda assim, o governo da prefeita continuou ‘ruim das pernas’, o que coloca, hoje, um desafio para os candidatos à sua sucessão: apresentar-se ao eleitorado como um nome capaz de recuperar o status de estância hidromineral, título que foi perdido há cerca de um mandato e meio atrás.
E qual o caminho para esta jovem candidatura? “Poá precisa voltar a ser a cidade jóia”, apontou Gambale em seu discurso. E esta será uma tarefa árdua para quem ganhar a eleição.
“A gestão da atual prefeita está envelhecida, amarrada, não aconteceu nada na cidade nestes últimos três anos”, reclamou um apoiador, próximo ao palanque do evento. Sua fala foi uma demonstração do quanto os eleitores andam desanimados em relação à política.
Em tempos modernos, não se pode desprezar a importância das redes sociais no processo de formação de opinião. Todavia, em um cenário pessimista, tal como rola em Poá, será importante o contato pessoa a pessoa. Tem chance de vencer o pleito quem tomar o maior “banho de povo”.
Fotos: Adilson Santos / Ângulo Produções / Divulgação
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