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Covid-19: universidades do Rio recomendam volta do uso de máscaras - POÁ COM ACENTO

publicado em:10/11/22 5:01 PM por: Redação Saúde

Por Cristina Indio do Brasil

Medida é necessária para conter casos decorrentes de nova subvariante

Movimentação de pessoas no centro da cidade no primeiro dia de flexibilização do uso de máscaras ao ar livre no Estado do Rio de Janeiro.

Universidades do Rio de Janeiro estão recomendando a volta do uso de máscaras em suas dependências para reforçar a proteção contra a nova subvariante do coronavírus. Segundo o Painel Coronavírus Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados em 24 horas 2.079 casos da doença e cinco óbitos, com aumento em relação à semana anterior..

A Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, publicou o Informe Técnico 16/2022 com orientações à comunidade acadêmica, entre as quais, o uso de máscaras em ambientes fechados, atualização do esquema vacinal, incluindo as doses de reforço, afastamento das atividades laborais e acadêmicas em caso de sintomas gripais e indicação de avaliação médica e continuidade das medidas de prevenção de infecções respiratórias, como higienização de mãos, manutenção de ambientes arejados e boa alimentação

Na UFF, o uso de máscaras faciais em ambientes abertos não é obrigatório, conforme decisões municipais locais.

Em nota técnica, o Centro de Triagem Diagnóstica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) alerta para o aumento do número de casos de covid-19. Para emitir o parecer, o centro considerou os resultados de testagem para a doença, que demonstram o aumento da positividade de 2,6% em setembro para 18,3% em outubro. Por isso, é recomendado o uso de máscaras em ambientes fechados ou em aglomerações, mas não se propõe a interrupção ou suspensão automática das atividades presenciais.

Nos casos sintomáticos, a pessoa deve afastar-se imediatamente e comunicar à coordenação do curso ou à chefia imediata a razão do afastamento. Além disso, precisa programar testagem preferencialmente entre o segundo e o quinto dia. Se o resultado for positivo, deve afastar-se por pelo menos sete dias, a contar da data do início dos sintomas. Se for negativo, deve-se aguardar o diagnóstico laboratorial (RT-PCR). O resultado da testagem deverá ser informado à coordenação ou chefia imediata.

Nos casos assintomáticos em que o resultado der negativo, a pessoa pode retornar logo às atividades. Para os que tiveram contato com alguém com covid-19, a orientação é manter as atividades com precauções.

“A Reitoria da UFRJ reitera a importância das doses de reforço da vacinação contra a covid-19 e da manutenção das medidas não farmacológicas preventivas: distanciamento interpessoal, uso de máscara e higienização frequente das mãos”, completou.

UniRio
A Comissão Permanente de Vigilância de Agravos à Saúde Humana da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) alertou para a necessidade de conclusão do esquema de imunização com as doses reforço.

As recomendações incluem ainda o uso de máscaras em ambientes fechados, lavagem das mãos sempre que possível e uso de álcool a 70%. Na presença de sintomas gripais, além de usar máscaras faciais, a pessoa deve se afastar até que seja descartada qualquer contaminação.

Os servidores do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, que é uma unidade de ensino e assistência aos pacientes, devem seguir as normativas e determinações emitidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

A reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) atualizou os protocolos de biossegurança nas dependências dos campi e também recomenda o uso de máscaras nas áreas edificadas, assim como nos demais locais onde o distanciamento mínimo de um metro não possa ser praticado. “O uso continua obrigatório no caso de pessoas com sintomas gripais, mesmo com teste negativo para covid-19, a fim de evitar a transmissão de outras doenças respiratórias. A realização de eventos permanece liberada, desde que observadas as novas recomendações.”

A determinação na Uerj é decorrente das mudanças no panorama da covid-19, com a circulação da nova sublinhagem da Ômicron (BQ.1) no Rio e do aumento da frequência de positividade dos testes realizados. Além disso, os percentuais da população acima de 12 anos do estado que receberam a primeira e a segunda doses de reforço da vacina contra a doença continuam: 52% e 18%, respectivamente, segundo dados divulgados até o dia 31 de outubro de 2022, diz a reitoria. Para ter acesso aos campi, continua obrigatória a apresentação do passaporte vacinal digital ou impresso.

PUC-RJ
A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), unidade privada de ensino, também fez a recomendação de retorno do uso da proteção facial diante do aumento do número de casos de covid-19 no estado. Os casos que temos atendido em nosso serviço de medicina ocupacional apresentam-se, em sua maioria, sem gravidade, semelhantes a uma gripe comum, com sintomas leves”, diz nota da reitoria.

A nota acrescenta que, por causa do aumento do número de casos dentro da PUC, por uma questão de segurança e preservação, o uso da máscara é o mais adequado. “Acreditamos que o uso da máscara em ambientes fechados e/ou aglomerados (salas de aula, biblioteca, auditórios etc) seja uma boa medida preventiva para diminuir os riscos de transmissão. Pensamos especialmente na saúde das pessoas com comorbidades, quando o risco de agravamento é maior.”

“Recomenda-se ainda que aqueles com sintomas gripais façam uso da máscara, independentemente do local onde se fizerem presentes. Contamos com a colaboração de todos”, acrescenta o reitor.

Secretaria de Saúde
O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, disse que, nos últimos dias, o estado tem verificado o aumento de positividade dos testes de covid-19 e consequente elevação no número de casos da doença relacionados à subvariante da Omicron, que é muito transmissível, mas menos agressiva que outras. Por isso, Chieppe recomenda que, ao aparecer qualquer sintoma respiratório ou gripal, as pessoas procurem um serviço de saúde e realizem a testagem e em caso positivo fazer o isolamento.

“É necessário exatamente para poder bloquear a cadeia de transmissão”, afirmou.

Chieppe defendeu ainda a vacinação como medida fundamental. As pessoas que não completaram o esquema vacinal devem procurar um posto de saúde e receber a dose necessária. “A vacinação é fundamental para evitar casos graves de covid-19”, disse.

Fonte: AB / Foto: Fernando Frazão

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