Iluminação Pública, serviço recebe reprovação geral em Poá - POÁ COM ACENTO
Por Sergio Rodrigues
O vereador Fábio Camilo Batista (PROS), presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara de Poá, convocou uma audiência pública para que fosse discutida a situação da iluminação pública no município. O movimento foi feito em razão da situação caótica em que se encontra a prestação do serviço de iluminação em todas as regiões da cidade – avaliado pela população em geral como péssimo. O nome mais apropriado, por todas as questões que foram expostas na audiência, é caótico.
Foram convocados os secretários municipais Márcio Borzani, de Governo e Ricardo Leão, de Obras. Também foi convocada a empresa detentora do contrato de iluminação pública em Poá, GCL Brasil, representada pelo engenheiro responsável Daniel Martins, que falou pela contratada.
Fábio Suru, como é conhecido, desempenhou o papel de moderador do encontro, franqueando a palavra a todos os convocados, de forma a não restar nenhuma dúvida ao público presente ao plenário da Câmara e aos munícipes que assistiram via Internet. Além dele, os vereadores Rogério Mathias (PTB), Beto Melo (Solidariedade), Patrícia Bin (PSDB), Edinho do Kemel (Podemos), Diogo Pernoca (PTB), Fabrício Brasa (PSDB), Lucas Ferrari (PSC), Márcio da Ranni (PRB) e Saulo Dentista (Democratas).
O secretário Márcio Borzani iniciou a explanação alegando que o contrato com a GCL Brasil, por questões técnicas, ficou a cargo da Secretaria de Obras, sob Ricardo Leão. “Assumimos a gestão (em 2021) com centenas de lâmpadas apagadas em diversos bairros”, explicou ele, reclamando da gestão anterior a da prefeita Márcia Bin de Souza (PSDB). “O serviço, pelos estudos que fizemos, está no padrão das gestões anteriores”, argumentou Borzani.
Porém, segundo um vereador que falou com a reportagem, sob anonimato, a gestão Bin, assumiu a Prefeitura para fazer mais e melhor, “não ficar olhando no retrovisor e reclamando”, disse ele. O vereador Rogério Mathias fez vários questionamentos, inclusive citando que ele próprio fez reclamação no canal oficial disponibilizado pela empresa. “Meu bairro está com diversas lâmpadas apagadas, fiz reclamação formal e me deram o prazo de 15 dias para resolver. Nada foi feito até agora”, reclamou.
O problema em Poá é que a demanda pelo serviço é alta e a paciência do povo anda nas alturas. Segundo os parlamentares presentes, a novo contrato começou com uma demanda reprimida de mais de 1.200 ordens de serviço, ouseja, reclamações de munícipes.
O contrato com a GCL Brasil foi assinado em 2 de fevereiro último e a operação do serviço teve início em 10 de fevereiro. Segundo Daniel Martins, a estimativa é que as duas equipes em operação trocariam, 25 pontos de luz por dia, cada uma totalizando 50 pontos/dia. Esse ritmo seria muito bom para equacionar os problemas de iluminação pública. Só que o secretário Leão informou que, entre 10/02 e 9/03, foram realizados 309 pontos.
A conta não fecha, Mathias, contabilizou 14 pontos por dia, na realidade. Ficou difícil de explicar. O engenheiro responsável, por sinal, se mostrou bastante confuso nas explanações sobre a prestação de serviços. Alegou que ainda está conhecendo o território municipal e jogou a culpa pelos atrasos a eventuais fornecedores de equipamentos e peças. “Estamos fazendo o planejamento mês a mês, a demanda aqui é antiga, mas dependemos do fornecimento do material. Nem sempre o fornecedor tem peças para nos enviar prontamente”, disse.
Todavia, nem o governo municipal, nem os munícipes têm nada a ver com o problema, o contrato foi feito e o serviço, conforme o que os diversos vereadores expuseram aos presentes, não está surtindo o efeito desejado.
As explicações da GCL foram bastante confusas. Martins falou em prazo de 72 horas para executar os serviços, mas o call center da empresa respondeu dando prazos de 15 dias a alguns reclamantes e cinco dias a outros. O próprio Martins afirmou que após o período de adaptação ao ambiente da cidade, a empresa estará atendendo no prazo de 72 horas às solicitações de reparos.
O presidente da Câmara, Diogo Pernoca, disse que o telefone 0800 da empresa não funciona e que duvida que os serviços sejam executados nos 12 meses de contrato, pois a empresa não consegue nem atender ao prazo de 15 dias, quanto mais um tempo menor. No resumo geral, o serviço não está agradando a ninguém, razão pela qual os parlamentares exigiram que a prefeitura faça um maior acompanhamento dos serviços e que seja rescindido o contrato, se for o caso (fala do vereador Edinho do Kemel).
Foto: Adilson Santos / Ângulo Produções
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