CHUVA FORTE INUNDOU POÁ NO DIA DE ONTEM - POÁ COM ACENTO
Do Jornal Novo São Paulo / Aéssio Ramos Pinto
A chuva forte que caiu na tarde de ontem, dia 28 de março de 2021, inundou vários pontos da cidade de Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Itaquaquecetuba entre outras da região do Alto Tietê.
Em Poá, as residências das ruas próximas ao piscinão foram as mais castigadas, além do centro comercial.
Muitos moradores da região ribeirinha dos Córregos Tucunduva e Ribeirão Itaim que passam pelo centro da cidade tiveram enormes prejuízos.
Neste sentido, o sentimento é de impotência, pois com o fechamento de seus comércios por causa da pandemia, ainda enfrentam o problema com as enchentes.
O temporal de ontem repete cenas de outros anos quando também atingiu Poá, diversas cidades do Alto Tietê e grande São Paulo.
Segundo comentários de moradores da Rua Batatais, próximos ao local onde foi construído o piscinão, no momento do temporal, as bombas de sucção não estavam em funcionamento, o que poderia minimizar a enchente daqueles locais.
Um outro fator que pôde aumentar a inundação da área central foi a corrente de água que, com o péssimo funcionamento do piscinão, ganhou velocidade paralela aos trilhos da ferrovia e chegando a transbordar o Córrego Itaim e, consequentemente, toda a região central de Poá.
O governo passado chegou a anunciar que as obras do piscinão foram totalmente concluídas.
Para a Secretaria de Obras, o piscinão em si estava 100% pronto e o que ainda está faltando são as obras de arte, ou seja, o seu entorno e as quadras poliesportivas que fazem parte do mesmo projeto.
Afinal, mesmo sem funcionar as máquinas o piscinão suportou atenuando um pouco as enchentes do centro de Poá, mas não conseguiu acabar de vez com elas.
Foi tanto dinheiro gasto para se transformar apenas em paliativo, isto é, enquanto não construir o canal a seco para o escoamento das águas paralelas ao piscinão, até o centro de Poá, como também, a sua vazão através do Rio Tietê, as enchentes não acabarão de vez.
Entra Prefeito e sai Prefeito e as enchentes continuam porque as cidades de Ferraz de Vasconcelos e Poá possuem vales que aumentam a velocidade da água que confluem para o Córrego Itaim, além da impermeabilidade dos solos.
Esses temporais, segundo estudo, é um fenômeno pluviométrico que pode acontecer de 3 em 3 anos ou menos.
Enquanto isso, os prefeitos por sua vez fazem vistas grossas para construções irregulares e ainda não fazem campanhas preventivas junto aos moradores dessas regiões sempre afetadas.
No vídeo abaixo, a comerciante poaense Lucia do CECAP mostra seu desespero pois uma senhora precisava de ajuda
Fotos: Felipe Cleto