Aéssio Ramos Pinto

Ontem 28, às 15 horas, comerciantes e autoridades municipais se reuniram no salão de festas do restaurante Sushi Poá, localizado à Avenida 9 de Julho, 1411, para tratar sobre o fechamento dos seus comércios após as 20 horas e integralmente nos finais de semana, conforme decreto do governo do estado e decreto municipal o Decreto 7.733/2021.

Muitos comerciantes do setor de gastronomia e de diversas modalidades comerciais compareceram e discutiram com o representante do presidente da Associação Comercial e Industrial de Poá, Quintino de Freitas e com o vice-prefeito representante da prefeita Márcia Bin.

Os vereadores Márcio da Ranni, Fabrício Brasa Chopp e Beto Melo também participaram e marcaram uma reunião extraordinária da Câmara Municipal para tratar do assunto com urgência e elaborar um documento também apoiando a iniciativa dos comerciantes que querem apenas trabalhar e manter seus comércios funcionando gerando emprego e divisas para o Município obedecendo às normas da saúde pública.

Os comerciantes querem flexibilização para poder abrir seus comércios após as 20 horas e nos dois finais de semana de acordo com o decreto obedecendo às restrições do protocolo sanitário. Alegam que seus comércios não prejudicam a saúde pública e sim, os locais de muita aglomeração como encontro de pancadões e casas noturnas com bailes.

Encaminhamento da decisão da reunião

Plano São Paulo é tema de reunião entre Prefeitura e comerciantes
Diversos setores da Administração Municipal participaram do encontro com representantes da Associação Comercial de Poá (ACIP) e comerciantes, na tarde de ontem, quinta-feira (28/01), com o objetivo de ouvir as solicitações referentes à flexibilização do horário de funcionamento dos comércios, determinado pelo Governo do Estado. No encontro que contou com a presença do vice-prefeito Geraldo Oliveira e dos secretários municipais, Marlene Sant’Anna (Segurança Urbana), Ricardo Leão (Obras Públicas) e Claudete Bezerra Canada (Serviços Urbanos), além do Departamento de Fiscalização e Guarda Civil Municipal (GCM) e dos vereadores Marcio Barbosa Iglesias, José Fabricio de Oliveira e Roberto de Melo Vieira, ficou decidido que uma proposta será encaminhada à Administração Municipal para avaliação do departamento jurídico.

Resposta da Prefeita Márcia Bin
Em resposta a requerimento da ACIP – Associação Comercial e Industrial de Poá, para flexibilização do Plano São Paulo, de acordo com o Decreto Municipal número 7.733/2021, a administração esclarece que os números relativos à Covid-19 são alarmantes, e conduz a necessidade de cautela neste momento tão delicado, no sentido e se preservar as condições sanitárias da Municipalidade.

Lamentavelmente diante desses fatores, diversas posturas têm sido adotadas no sentido de se evitar que os índices de contágio aumentem cada vez mais.

Apenas para argumentar, a Municipalidade acaba de decretar o retorno das atividades escolares (aulas remotas) justamente para preservar a Saúde Pública.

Dessa forma, até o presente momento, esclarecemos não ser possível a revisão ou flexiobilização das medidas determinadas pelo Governo do Estado Bandeirante, seguindo as recomendações sanitárias municipais.
De rigor trazer à baila, que o Plano São Paulo, agora revisado, já flexibilizou as medidas para evitar o contágio pela

Covid-19. Respeitosamente Márcia Bin, Prefeita Municipal.

Comerciantes estão indignados com a posição da Prefeita
Por sua vez, grande parte dos comerciantes estão indignados pelo parecer da prefeita Marcia Bin com relação à grandiosa reunião que aconteceu ontem, dia 28, em que propuseram uma maior flexibilização do Plano do governo no âmbito municipal. Para eles, a prefeita poderia ter o mínimo de consciência no tocante aos prejuízos de seus comércios e ter determinado a abertura dentro das normas e do protocolo, uma vez que já vem sendo efetivado durante os dias da semana e também em que nada mudaria se continuasse aos finais de semana. Por outro lado, deveria sim, coibir os comércios que exploram as atividades que reúnem um grande número de pessoas sem as devidas precauções sanitárias.

Diante dos fatos, os comerciantes prometem estudar a resposta da prefeita e estão pensando numa passeata e como consequência a paralização com uma carreata do viaduto central da cidade para aproxima segunda-feira, na parte da tarde, informa um comerciante muito indignado que participou ontem da referida reunião.

Fotos: Aéssio Ramos Pinto / Rodrigo Nagafuti