COVAS DIZ QUE URNAS PEDIRAM FIM DE DIVISÕES DE CONFRONTOS - POÁ COM ACENTO
Bruno Bocchini
Em discurso de vitória, candidato afirmou que SP “não quer confronto”
Em discurso após o fim das apurações, o vencedor das eleições municipais da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), falou em tom de conciliação. Ele destacou que as urnas da cidade de São Paulo manifestaram que os paulistanos não querem confrontos e divisões. Em uma alusão aos locais da cidade onde venceu ou perdeu, Covas ressaltou que não existe “distrito azul ou vermelho, existe cidade de São Paulo.”
“São Paulo falou. São Paulo não quer divisões, São Paulo não quer o confronto. Meu avô dizia que é possível conciliar política e ética, política e honra, política e mudança. Eu agora acrescento: é possível fazer política sem ódio, é possível fazer política falando a verdade”, disse.
“As eleições terminam hoje, não há espaços para divisões, não há espaço em São Paulo para o grupo a, para o grupo b, São Paulo é para todos. Esse foi o nosso lema de campanha, e esse será o nosso jeito de governar”, acrescentou.
O prefeito reeleito ressaltou ainda que seu governo irá se focar na promoção da saúde e da educação e no combate às desigualdades. Covas disse também que sua gestão irá combater a pandemia de covid-19.
“Temos que investir em saúde e educação e temos que fazer da nossa gestão um mantra na busca de emprego e oportunidade, em especial para os nossos jovens de periferia que sofreram ainda mais as consequências dessa crise econômica e social”.
“A democracia está viva, São Paulo mostrou que restam poucos dias para o negacionismo e obscurantismo. São Paulo disse sim à democracia, São Paulo disse sim à ciência, São Paulo disse sim à moderação, são Paulo disse ao equilíbrio”, acrescentou.
Guilherme Boulos
Já o candidato derrotado, Guilherme Boulos (PSOL), agradeceu os votos recebidos e disse que sua participação no segundo turno mostra que São Paulo deseja mudança. Ele recebeu 40,62% dos votos válidos ou 2,168 mihões de votos.
“Eu quero cumprimentar o Bruno Covas [prefeito eleito] e desejar que ele tenha sorte nos próximos quatro anos e que, acima de tudo, governe a cidade sabendo que uma imensa parcela da sociedade quer mudança, quer que a periferia seja tirada do abandono, tenha vez e voz”, disse.
O candidato do PSOL disse ainda que vê como vitoriosa a sua campanha eleitoral. “Hoje não é fim de uma caminhada, é o começo da vitória da solidariedade sobre a indiferença, de uma política feita com amor”.