Polícia Comunitária, a polícia mais próxima do cidadão - POÁ COM ACENTO
Com o desejo de se aproximar mais do cidadão, a Polícia Militar criou em 1997 o policiamento comunitário, que é uma filosofia e, ao mesmo tempo, uma estratégia institucional. Como filosofia, permeia todos os níveis da PM e é absorvida por todos os policiais militares, que aprendem e aplicam conceitos primários de solidariedade e respeito às individualidades no cotidiano do trabalho com a população. Enquanto estratégia, direciona esforços, medidas e programas institucionais no sentido de criar continuamente condições de aproximação com a população.
A diretriz do policiamento comunitário compreende o estreitamento dos laços entre a PM e a população. O trabalho é baseado no conceito de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver os problemas, com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida.
Se por um lado o conceito de polícia comunitária implica na formação especializada de recursos humanos, por outro a política aproximação com a população também demandou inovações estruturais, para permitir maior presença e distribuição territorial da polícia.
A Polícia Militar é multiplicadora da filosofia das Bases Comunitárias para diversos Estados brasileiros e países.
Além das fronteiras
A filosofia da Polícia Comunitária implantada pela PM de São Paulo atravessou as fronteiras do território nacional, cruzou a linha da América Latina e Central e agora está em implantação em mais 25 países da África e Caribe.
Em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês), a Polícia Militar utilizou sua experiência em polícia comunitária – adquirida por meio de intercâmbio com o Japão – para formar 128 oficiais de polícia em cinco países da América Central: Honduras, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador e Guatemala. Foram realizadas 14 edições do curso internacional de formação de multiplicadores.
Presente em 11 estados
Em conjunto com o Acordo de Cooperação Técnica (ACT), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e a Polícia Militar de São Paulo, a doutrina do policiamento comunitário foi levada para 11 Estados brasileiros e ao Distrito Federal, formando 346 oficiais multiplicadores no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Espírito Santo, Pará, Alagoas, Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul.
O início
A história da Polícia Comunitária começou em 1997, inspirada no modelo canadense. Foi implantada uma Base Comunitária no centro da Capital, que auxiliou na queda da criminalidade na região.
Apesar dos bons resultados, era preciso melhorar a questão administrativa e adaptar o programa à realidade local. Para isso, foi necessário procurar outros modelos para serem implantados em São Paulo. Entre 1999 e 2000, foi testado o modelo japonês, cujas técnicas foram consideradas mais eficazes.
O conceito importado do Japão, onde as bases comunitárias são chamadas de Koban e Chuzaisho, existe há mais de 100 anos. O prazo para obter resultados a partir da experiência com o modelo era de três anos, mas, em menos de dois, a polícia conseguiu sedimentar a sensação de segurança da população do centro da cidade de São Paulo. A comunidade já conhecia o policial e ele, por sua vez, atendia às expectativas.
Em 2005, a PM paulista firmou um convênio com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), e trouxe o sistema de bases comunitárias fixas.
Hoje, o Brasil exporta ideias para o Japão, como as Bases Comunitárias de Segurança Móveis. Os japoneses, até então, trabalhavam somente com os modelos fixos.
Status de Diretoria
Desde 2008, a antiga Divisão de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar assumiu status de Diretoria para otimizar a difusão de dois dos três pilares do suporte doutrinário, que são Direitos Humanos e Polícia Comunitária.
Desta forma, houve a expansão do conhecimento, práticas, técnicas e táticas do modelo de policiamento comunitário. Essa difusão pode ser exemplificada com a expansão para outros estados do Brasil e países da América Central e Caribe.
Fonte: Governo de SP
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