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Refugiados afegãos já são mais de 100 morando dentro do aeroporto de Guarulhos - POÁ COM ACENTO

publicado em:12/10/22 1:12 PM por: Redação Geral

Crianças, bebês, mulheres e adultos tem dormindo no chão do saguão do aeroporto internacional de Guarulhos, o local virou um acampamento e casa provisória para os refugiados do Afeganistão.

Eles usam o banheiro do aeroporto, mas não tem chuveiro, porém, não conseguem tomar banho.

Pelo chão estão suas bagagens, roupas e colhões que são doados por voluntários.

O fluxo migratório se deve à ascensão ao poder do Talibã, grupo religioso fundamentalista. De acordo com a Polícia Federal, chegaram ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos 407 afegãos, em julho, 292, em agosto, e 459, em setembro, até o dia 14. Em setembro de 2021, entraram no país 12 afegãos e, em outubro, 57. “Com pouco ou nenhum conhecimento de português e sem condições financeiras, parte deles viu-se obrigada a se alojar no próprio aeroporto”, informou o Ministério Público Federal (MPF).

No dia 16 de setembro foram levados para alojamentos da prefeitura da capital. Três ônibus, disponibilizados pelo governo estadual, deslocaram 93 pessoas para o abrigo. Desse total, 34 são crianças e adolescentes. Eles foram acolhidos no hotel Centro de Acolhida Especial para Famílias, na zona leste paulistana. O local tem capacidade para 200 pessoas.

Após isto, outros chegaram e já são quase 130 que estão lá novamente, precisando de ajuda e atenção.

Visto humanitário
Em setembro do ano passado, os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça editaram uma portaria para facilitar a concessão de visto humanitário às pessoas que vêm do Afeganistão. Segundo o Itamaraty, foram autorizados 6,1 mil vistos a partir dessa nova política. A concessão dos vistos temporários se deve à grave crise humanitária e de violação de direitos humanos enfrentada pelo seu país de origem.

“A acolhida não pode se resumir na emissão de vistos humanitários. É dever do Estado brasileiro, nos três níveis da federação, empreender todos os esforços para o cumprimento das garantias constitucionais e de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, que garantam meios dignos de acolhimento e posterior integração à sociedade brasileira”, destacou, em nota, o procurador da República Guilherme Göpfert.

Talibã
Faz  mais de um ano que os Estados Unidos retiraram as tropas do Afeganistão depois de 20 anos de ocupação. Na ocasião, o presidente afegão, Ashraf Ghani, deixou o país, e o controle do palácio presidencial foi assumido pelos talibãs.

O Talibã se tornou conhecido como um grupo religioso fundamentalista na primeira metade da década de 1990 e foi organizado por rebeldes que haviam recebido apoio dos Estados Unidos e do Paquistão para combater a presença soviética no Afeganistão, que durou de 1979 a 1989, em meio à Guerra Fria. A chegada ao poder foi consolidada em 1996, com a tomada da capital, Cabul.

Uma vez no controle do governo, o Talibã promoveu execuções de adversários e aplicou sua interpretação da Sharia, a lei islâmica. Um violento sistema judicial foi implantado: pessoas acusadas de adultério podiam ser condenadas à morte e suspeitos de roubo sofriam punições físicas e até mesmo mutilações. O uso de barba se tornou obrigatório para os homens, e as mulheres não podiam ser vistas publicamente desacompanhadas dos maridos. Além disso, elas precisavam vestir a burca, cobrindo todo o corpo. Televisão, música e cinema foram proibidos, e as meninas não podiam frequentar a escola.

A ocupação americana foi uma reação aos ataques às torres gêmeas do World Trade Center, arranha-céus situados em Nova York. Dois aviões atingiram os edifícios em 11 de setembro de 2001, levando-os ao chão e causando quase 3 mil mortes. Os Estados Unidos acusaram o Talibã de dar abrigo ao grupo terrorista Al Qaeda, que assumiu a autoria do atentado. Em outubro de 2001, tiveram início as operações militares no Afeganistão.

Os radicais, entretanto, conseguiram retomar o controle do país no ano passado, implantando um novo governo fundamentalista.

Com informações da AB

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