Ganha força o movimento “Fora, Márcia Bin” em Poá - POÁ COM ACENTO
Por Sérgio Rodrigues
Avaliação da prefeita poaense piora e para terça-feira, dia 15, está marcada uma manifestação em frente à sede da prefeitura da cidade – entre as principais queixas, as mazelas na saúde e na educação
“É inadmissível que diante de um longo período de pandemia, as escolas de Poá tenham que voltar as aulas presenciais de maneira tão precária”, foi o comentário de uma professora da rede municipal, integrante do grupo de WhatsApp “S.O.S. Fund II”, criado no ano passado em Poá.
Segundo a nota, as escolas de Poá reabriram as portas sem poder servir refeições aos estudantes no retorno das aulas presenciais.
“A prefeitura colocou como período de adaptação essa primeira semana, mas na verdade sabemos que não é esse o verdadeiro motivo. O fato é que as escolas estão com uma série de problemas, um deles é que só podem oferecer merenda seca, ou seja, comidas que não são manipuladas (bolachas e afins)”, dizia outra reclamante.
Se levarmos as observações para o serviço de Saúde públicas na cidade, as queixas são ainda maiores e vêm desde o início da gestão, quando a administração Marcia Bin (PSDB) fez algumas alterações que desagradaram a diversos setores.
Depois, foram as ações envolvendo o funcionalismo municipal, onde cortes de ganhos e de benefícios enfureceu a categoria. A gestão Bin sempre defendeu as medidas como estritamente necessárias, embora não desejáveis, por conta da situação de calamidade financeira na qual a prefeita encontrou a administração, quando assumiu.
Para se ter uma ideia, a folha de pagamento batia nos 71% do orçamento, quando o limite prudencial, estipulado por lei, é de 54%. Recentemente, o vice-prefeito, Geraldo Oliveira (SD), explicou a necessidade dessas medidas drásticas, sustentando que foram necessárias para se alcançar um equilíbrio que permitisse tocar o governo.
No entanto, aqui e ali, a avaliação que se faz da gestão de Márcia Bin, que é a esposa do lendário prefeito Testinha, é mais negativa que positiva. Na Câmara Municipal, vereadores sustentam que ela não passa de quatro anos na cadeira.
A classe política, de maneira geral, dá nota muito baixa para o governo da prefeita. Perguntados se ainda não é muito cedo para se ter um veredito, muitos respondem que a inaptidão e certa “desídia” da gestora em governar o município, são um entrave natural para que ela seja bem sucedida numa situação que muitos reconhecem estar difícil.
“Poá não é para principiantes, disse um líder político que é do grupo da própria gestora. Já os adversários francos da gestão Bin fazem os piores prognósticos. E sobra até para vereadores.
Um deles, e que não tem medo de mostrar a cara é Naco Fantasia, um dos maiores incentivadores do incipiente movimento “Fora, Márcia Bin”.
“Está na hora de vocês, pais e mães que tem filhos nas escolas, fazerem a sua parte também; nós estamos fazendo a nossa, inclusive, sendo até perseguidos por vereadores puxa-saco”, foi sua nota no grupo de WhatsApp “S.O.S. Fundamental”, um dos locais onde a convocação para o protesto doa dia 15 está sendo divulgado.
O que acontece em Poá, de maneira geral, reflete o setor público em muitos lugares no Brasil. Por uma combinação de dificuldades econômicas e desinteligência, os problemas são sempre “empurrados com a barriga”. Aí, depois que uma crise é detonada, as autoridades correm prometendo “providências”. Em Poá, parece que a paciência geral está acabando.
Foto: Arquivo / Rodrigo Nagafuti
Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em nosso grupo do Portal de Notícias POÁ COM ACENTO, em primeira mão você receberá nossas notícias e reportagens. Click aqui e faça sua escolha: WhatsApp – Telegram