A solução final para os marreteiros em Ferraz - POÁ COM ACENTO
A gestão Priscina Gambale, finalmente, vai regularizar a situação dos empreendedores de rua de Ferraz, os vendedores ambulantes, permitindo que os que se formalizarem possam atuar de forma legal na cidade
Por Sergio Rodrigues
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Ferraz de Vasconcelos, Daniel Balke, já colocou em prática os trâmites para resolver, finalmente, um dos problemas mais espinhoso da cidade, a situação dos empreendedores de rua, os vendedores ambulantes, coisa que sucessivos governos vinham ‘empurrando com a barriga’. “Este é um dos compromissos que temos com a população. Mas, não é só, vamos modernizar a Praça da Independência e a rua XV de Novembro também” explicou Balke.
Ele, que também é o vice-prefeito da cidade, presidiu a associação comercial local e, por longo tempo, esteve envolvido na busca de uma solução para a questão dos antigamente chamados “marreteiros”. Desta vez, a bola está com ele.
Segundo o agente de desenvolvimento Thiago Severo, o coordenador técnico do programa, junto ao secretário Balke, são 393 os trabalhadores ambulantes interessados a se regularizarem na cidade. “Deste pessoal, 40% que se inscreveu é gente que ainda nem atua na prática, mas está interessada em iniciar na atividade”, explicou Severo.
O primeiro passo a ser tomado e que já está sendo feito é mapear a quantidade de ambulantes na cidade, a localização e o tipo de mercadoria que é vendida nas ruas e praças. O passo seguinte, após a aprovação do projeto de lei – o que deve ocorrer ainda em agosto – será definir, juntamente com a Secretaria de Planejamento, as localidades onde cada qual poderá atuar.
“Nem todo mundo vai poder trabalhar no Centro, vamos ter de determinar espaços nos pólos comerciais dos bairros também”, alertou o coordenador técnico.
A situação dos ambulantes poderia ter sido resolvida já há tempos. Em 2016, o então secretário de Indústria e Comércio, Rubens de Souza, iniciou um trabalho de qualificação e regularização dos ambulantes. Chegaram a ser distribuídos 41 alvarás. A gestão Zé Biruta assumiu em 2017 e desprezou este trabalho.
Em outubro de 2017, a própria gestão Biruta esboçou a um movimento para a regularização, mas perdeu a mão. Agora, cabe à Daniel Balke, que inclusive, como presidente da associação comercial à época, acompanhou esses processos. Balke dará o trato definitivo que o setor exige. Até para organização da cidade e dignidade dos empreendedores de rua.