VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SUZANO INTERDITA PARCIALMENTE TRÊS CLÍNICAS DE ESTÉTICA - POÁ COM ACENTO
Todas trabalhavam irregularmente com bronzeamento artificial, prática proibida no País desde 2009 por ser considerada nociva à saúde
A Diretoria de Vigilância Sanitária de Suzano interditou parcialmente três clínicas de estética que ofereciam o serviço de bronzeamento artificial no município. Este foi o resultado de um processo de fiscalização que teve início no dia 23 de setembro (segunda-feira) e seguirá durante todo o verão. A prática é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, por ser considerada nociva à saúde.
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 56/2009, do Ministério da Saúde, o uso dos equipamentos para bronzeamento artificial, com finalidade estética, baseada na emissão da radiação ultravioleta (UV), passou a ser proibida em todo o território nacional. As penalidades variam desde a advertência até o cancelamento da autorização de funcionamento da empresa ou do registro do produto. Está prevista ainda a aplicação de multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, em casos de reincidência.
O diretor da Vigilância Sanitária de Suzano, Mauro Vaz, disse que, além de já haver uma fiscalização programada para esta época do ano, quando o calor é mais intenso, o setor recebeu diversas denúncias nos últimos meses envolvendo clínicas da cidade e isso preocupou as autoridades municipais.
Houve casos de infecção de pele, lesão de córnea pelo uso de lentes de contato durante o procedimento e ainda a realização do bronzeamento artificial em uma menor de idade sem a devida autorização de um responsável. Neste último caso, a própria mãe denunciou o estabelecimento. Com as inspeções nas clínicas, três delas tiveram o serviço e a sala interditados logo na primeira semana de trabalho do órgão com esta finalidade.
A máquina de bronzeamento utilizada tem uma maior concentração de raios ultravioletas e isso acaba estimulando a deformação das células, podendo causar graves problemas, incluindo o câncer de pele. A sessão de 40 minutos no equipamento equivale a um dia inteiro de exposição ao sol.
Vaz afirmou que as pessoas acabam procurando o serviço por ser mais confortável, porém ele considera não valer a pena se arriscar pela vaidade. “Por isso o alerta. Estamos fazendo um trabalho de prevenção intenso a fim de conscientizar tanto os proprietários das clínicas como também seus clientes. Muitos utilizam sem saber o tamanho do prejuízo à saúde, assim como os esteticistas muitas vezes ainda não têm conhecimento sobre a lei que proíbe tal procedimento. Nosso trabalho é salvar vidas com o combate intenso da clandestinidade”, esclareceu.