GOVERNO INTELIGENTE SABE ESCOLHER SEU 'STAF' PELA QUALIFICAÇÃO, EXPERIÊNCIA E DESEMPENHO EM NÍVEIS DE EXCELÊNCIA, POR BENEDITO PEREIRA - POÁ COM ACENTO
Benedito Pereira
Nós somos frutos de nossas escolhas e a vida bem sucedida depende muito do esforço e do aproveitamento das oportunidades que o destino nos oferece gratuitamente.
Assim é também o governo. Se for inteligente, escolherá os seus assessores diretos, dentre aqueles que possuem a melhor formação acadêmica, qualificação, experiência e desempenho em níveis de excelência, conforme a área de conhecimento científico. Esta regra também deve ser aplicada aos servidores de primeiro e segundo escalão, privilegiando-se a formação acadêmica, o esforço, à dedicação, a experiência, o desempenho e a meritocracia.
A propósito, utilizei-me de da palavra “staff”, cujo significado é quadro seleto de trabalhadores, funcionários ou servidores da iniciativa privada, de instituição ou do serviço público. Pode ser definido como um grupo seleto de assessores políticos, ou seja, escolhidos dentre os servidores de carreira ou em face das suas expertises, capacitação intelectual, experiência e alto desempenho profissional.
Trata-se de terminologia muito utilizada no meio castrense, ou seja, no contexto militar. O “staff” é formado por um grupo pessoas de alta performance, capacitação, experiência e invejável formação acadêmica, sobretudo, conhecimento em gestão, seja pública ou privada.
Por outro lado há exemplos de governança bem sucedida, por conta de fazer excelentes escolhas de seus assessores diretos, indiretos e de servidores de primeiro, segundo e terceiro escalão, sejam de carreira ou nos cargos em comissão.
Espera-se, em qualquer esfera de governo (Federal, Estaduais, Distrital e Municipais), que no processo de escolha de seus assessores diretos, indiretos e de escalões inferiores, que sejam escolhidos dentre os melhores, conforme a sua especialização ou área de conhecimento científico, privilegiando-se, ainda, os critérios técnicos e não os políticos.
É relevante que, no processo de escolha, sejam observados também a especialidade, avaliados e checados os currículos, mormente a formação acadêmica, experiência, integridade moral e viés ideológico.
Há também vários exemplos de governança pífia em face das más escolhas de seus assessores, tanto diretos, quanto dos escalões inferiores.
Exemplo contemporâneo de má escolha é o do ministro de Estado da educação, Ricardo Vélez Rodríguez, natural da Colômbia, brasileiro naturalizado, formação acadêmica em filosofia e teologia, professor universitário, de viés ideológico de extrema direita, escolhido para uma das Pastas mais importantes pelo governo do presidente da república Jair Messias Bolsonaro, cujo currículo é no mínimo medíocre.
Passados três meses de sua gestão no governo Bolsonaro, dentre os inúmeros atropelos nas entrevistas públicas, divergências, atrasos e cancelamentos de programas, por desconhecimento, inércia e falta de gestão pública na esfera de educação, tem provocado pedidos de demissões nos escalões estratégicos e nos escalões inferiores.
Recentemente, parlamentares das Câmaras dos Deputados e do Senado convocaram o referido ministro para audiência pública e a sua exposição foi considerada uma catástrofe, sendo alvo de severas críticas por maioria dos parlamentares. As críticas foram a falta de planejamentos estratégico, tático, propositivo e programático da área da educação, faltam os planos de ações e de metas de curto, médio e longo prazo, o que demonstra a falta de conhecimento, sobretudo, em gestão educacional.
Sua permanência num dos ministérios mais importantes e que detém maior percentagem de recursos públicos para investimentos, está por um fio. Não nos causará estranheza se o presidente da república demiti-lo nestes próximos dias ou meses.
É sabido que o fruto de más escolhas causa reflexos negativos para governos, em quaisquer das esferas e, sobretudo, para a população.
A política educacional adotada tem sido desastrosa, decadente e, ensejo medidas urgentes de reformulações, avanços e quebra de paradigmas.
Outro exemplo contemporâneo que está carreando reflexos negativos para o governo e, mormente, para população e vem se consolidando na pior gestão do município de Poá, nos últimos tempos, é a do prefeito da Estância Hidromineral de Poá, Giancarlos Lopes da Silva, o Gian Lopes.
Indo de encontro às propostas faraônicas e enganosas realizadas na época de campanha política, está se consolidando num governo pífio, ou seja, de poucas obras públicas e de projetos concretizados, sobretudo, pelas obras paradas, já que se passaram dois anos de governo.
Esse resultado é fruto de ignorância em gestão pública, já que o referido chefe do executivo não concluiu o segundo grau, de más escolhas de alguns de seus secretários e, principalmente, de pobre conhecimento das prioridades do município e em políticas públicas.
Um dos secretários que se salvam, dentre os atuais secretários, é o da educação, Carlos Humberto Martins Duarte, conhecido por professor Humberto, o qual tem muito conhecimento em gestão educacional e vasta experiência, porém, fica amarrado à pífia gestão do governo municipal.
Vale destacar que o sucesso de um governo não é medido somente pelas suas obras públicas, mas também pela qualidade e produtividade de seus servidores. A eficiência, eficácia e efetividade são mensuradas pela percepção que o destinatário ou consumidor dos serviços e equipamentos públicos que são colocados a sua disposição. Neste contexto, o governo de Gian Lopes deixa muito a desejar, entretanto, como falei em outras oportunidades, ele tem ainda um ano e nove meses para cumprir as promessas que fez, na época de campanha eleitoral.
É a minha opinião.