MEUS VOTOS DE PARABÉNS À POÁ, POR BENEDITO PEREIRA - POÁ COM ACENTO
Benedito Pereira
Parabéns Poá (SP) pelos 70 anos de emancipação político-administrativa completados no último dia 26 de março.
Parabéns a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram e construíram a história desta cidade pequena, mas que é grandiosa no contexto da região do Alto Tietê, no Estado de São Paulo e no Brasil.
Que Deus conduza os destinos de nossa cidade e abençoe a população poaense.
E após parabenizar a Estância Hidromineral de Poá, passo a falar do governo municipal.
É incrível como o prefeito Giancarlos Lopes da Silva, conhecido por “Gian Lopes”, (PR) tem conseguido fazer uma das piores administrações da história da cidade.
É cediço que, na época da campanha, juntamente com seu vice-prefeito, Marcos Ribeiro da Costa, conhecido por “Marquinhos Indaiá”, PDT fez pseudo promessas e algumas delas faraônicas.
Após, dois anos de governo, a maioria da população que confiou seu voto no referido político, sente-se ludibriada.
É cediço também que, os que votaram nos candidatos adversários, duvidavam das promessas de campanha, considerando que o referido político não tem experiência e nem conhecimento em gestão pública e está provando a sua incompetência político-administrativa.
Está evidente que o problema não é a falta de recursos públicos, pois, há dinheiro suficiente para atender às prioridades do município, haja vista a arrecadação anual é de cerca de R$ 470 milhões, conforme fontes oficiais.
O problema, a primeira vista, é de gestão, entretanto, diante das notícias veiculadas nos órgãos de imprensa de que o MPE está investigando possível crime de improbidade administrativa nesta gestão, não se descarta também a prática de desvios de dinheiro público, através de licitações fraudulentas e de contratos superfaturados.
Há também o inchaço da máquina pública, mormente, em face dos acordos políticos para a distribuição de cargos comissionados, práticas do denominado fisiologismo, assim como do clientelismo.
Para se ter um parâmetro da bagunça que é a administração pública municipal neste governo, alguns dos ex-secretários tiveram que se afastar por determinação judicial, por terem vínculos de interesses particulares com o município. Há um super secretário que cumula seis secretarias.
É notória, pelo menos, a malversação do erário público, sobretudo, pelos péssimos serviços públicos prestados à população poaense, bem como em face da precariedade dos bens e instalações, cabendo citar algumas, como as péssimas condições de grande parte da malha viária, má conservação de vários equipamentos públicos, tais como imóveis, praças, parques, passarelas, falta de limpeza, de equipamentos médicos, de medicamentos, de centro cirúrgico, de UTI, no hospital e nas farmácias das UBS (Unidade Básica de Saúde); além disso faltam profissionais da área da saúde, sobretudo, na medicina de especialidades, como, por exemplo pediatras.
Não obstante, verifica-se o sucateamento da GCM (Guarda Civil Municipal), com efetivo minúsculo ou insuficiente, concurso público para o referido cargo concluído, porém, não houve a convocação dos aprovados, os guardas municipais não fizeram o curso de requalificação para passarem para o cargo de GCM, emprego da GCM com desvio de finalidade, precárias condições da sede do setor de inteligência, monitoramento por câmeras (apenas 03 câmeras em atividade), observatório de violência e segurança pública, haja vista que os últimos investimentos na segurança urbana foram no governo Testinha (Francisco Pereisa de Sousa), com a entrega de viaturas, restauração da sede da secretaria e a reparação das câmeras de monitoramento dos pontos críticos e estratégicos da cidade (no governo Testinha 5% das câmeras estavam desativadas).
Outros problemas referentes às obras públicas iniciadas nos governo Testinha paradas, a exemplo da Escola do Jardim Santa Luiza, UPA de Calmon Viana, projeto da segunda alça do viaduto, cuja obra nem iniciou, resultando em prejuízo a mobilidade urbana, as EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) ou EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) estão sem segurança, falta de materiais escolares e poucas peças de uniformes distribuídas; na questão das políticas públicas do Meio Ambiente, há descarte de resíduos sólidos em logradouros públicos; no transporte público, os ônibus não tem ar condicionado, demoram passar nos horários de pico; dentre outros.
Das poucas obras que podem ser ressaltadas no atual governo, destaca-se a obra do piscinão que está em fase de conclusão; asfaltamento, calçamento e guias de algumas vias públicas; alguns equipamentos de prevenção essenciais para área da saúde.
Resumindo, o prefeito tem um ano e nove meses para mudar a avaliação ruim da administração, perante a população, em face do governo municipal ser pífio e se destacar negativamente como um dos piores na história da cidade.
Concluindo, no dia de seu 70° aniversário de emancipação político administrativa, infelizmente, o município e a população não tem muito a comemorar.
Fraternal abraço.