RECLAMAÇÃO QUASE QUE GERAL... POR AÉSSIO RAMOS PINTO - POÁ COM ACENTO
Aéssio Ramos Pinto
…dos prestadores de serviços e fornecedores quanto ao recebimento dos seus contratos. Ninguém sabe quem manda mais na Prefeitura, se é o próprio prefeito Giancarlo Lopes ou é o secretário da Fazenda Robson Senziali que é de fora e não tem compromisso com a cidade ou ainda um terceiro que todos já conhecem.
São aluguéis atrasados, pagamentos de acordo com medições de obras também em atrasos por muito tempo e a cidade em festa gastando milhões de reais. Tudo isto sem contar com a falta de medicamentos, materiais de todos os tipos nas secretarias e, os pior, muitos secretários sem estímulos para desenvolver seus trabalhos. Há secretarias que também não possuem infraestrutura para realmente ser uma secretaria, enquanto outras têm de sobra, as chamadas de alto clero.
Esta é a triste realidade de uma administração em que a maioria do povo acreditou que seria a salvação da cidade de Poá. Muitas foram as promessas e poucas foram cumpridas para a satisfação de grande parte da população acostumada a pagar o ônus das péssimas gestões.
Poá, uma cidade pequena no tamanho, pois sua área territorial não passa dos 17 quilômetros quadrados, com uma população beirando os 120 mil habitantes contando com a população flutuante, hoje comemora 70 anos de Emancipação Político-Administrativa. O que comemorar se tudo o que é feito é a peso de ouro? Faltam creches, mais escolas, efetivamente um hospital com Centro Cirúrgico, UTI entre outras necessidades. Falta o tão prometido viaduto na área central e também outro com ligação ao bairro Perracine já prometido no passado.
Falta um terminal rodoviário descente com interligação de linhas de ônibus com a estação ferroviária; falta infraestrutura aos bairros atendendo suas prioridades para descentralizar os serviços essenciais à população periférica. O prédio do antigo Fórum lá está caindo aos pedaços numa prova de descaso administrativo enquanto rios de dinheiros com shows e mais shows. Já se foram tantos cifrões do carnaval até hoje e a administração atrasa seus compromissos com terceiros.
Sorte que não houve enchentes de grandes proporções na área central porque a empresa que está terminando as obras do piscinão está trabalhando pelo amor à cidade com seus pagamentos atrasados por parte da Prefeitura, mas que tem que honrar seus compromissos com os funcionários e fornecedores.
Assim é fácil administrar uma cidade dando calote nos outros. Isto porque, segundo especialistas, Poá não perdeu sua arrecadação em tempo nenhum. Perdeu sim, sua condição de cidade progressista entre as demais cidades da região. Cresceu sim, a criminalidade, haja vista, tantas reclamações de moradores e comerciantes do Município. Agora com as festividades de aniversário o chefe do executivo, o senhor prefeito Giancarlo irá distribuir um jornal revista com papel de primeira e tiragem gigantesca para tentar enganar o povo com suas obras de quase três anos de gestão.
Lógico que tem aqueles que irão aplaudir porque grande parte deles está com um pé lá dentro da Prefeitura e têm por obrigação jogar flores no maestro da banda.
Hoje 26 de março haverá o tão esperado show do cantor sertanejo Eduardo Costa. Será outra noite4 de muita preocupação com a grande multidão que estará lá na Praça de Eventos disputando um lugar para ver o artista. É como se tivesse que colocar o Município de Guarulhos dentro da cidade de Poá e a fiscalização finge que não está nem aí até acontecer acidentes, pois todos sabem que não pode ter excesso de público e se levassem ao pé da letra no local onde está sendo realizada a festa não comportaria sequer 6 mil pessoas.
Mais uma torcida para que não aconteça nada para os coitados dos poaenses que lá estarão para curtir um pouco de alegria e sair de dentro de suas casas onde não aguentam mais ficar assistindo programas de televisão com tantas desgraças.
Este é o presente que o povo poaense está recebendo desta medíocre administração que não honra seus compromissos e que possui dezenas de prédios alugados gastando muito dinheiro do erário público.
Ele esteve na televisão falando em educação, mas não dotou as escolas de seguranças. As crianças estão expostas para toda a sorte. Na escola Heitor Gloeden um guarda municipal do cemitério é que faz a vigia. Além de tudo, já se passaram quase três meses e as crianças não receberam os uniformes escolares. Tanta demagogia que ninguém está acreditando em “Contos de Fadas”, ou melhor: Conto do Vigário.
Parabéns prefeito!
Viva Poá 70 anos de independência!
Aéssio Ramos Pinto, jornalista, diretor do jornal Novo São Paulo e Rádio Estância, bacharel em direito, ciências e letras, fotógrafo profissional, conselheiro do Contur e Etec, já foi secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Governo, assessor parlamentar e candidato à vice-prefeito.